Como já explicamos nesta publicação, o conceito de esterilização implica na destruição de toda e qualquer carga microbiana que um determinado item possa conter.
A forma mais comum de sabermos se um determinado item foi processado em um ciclo de esterilização efetivo, é pela análise do resultado da exposição no ciclo, por meio dos indicadores químicos e/ou biológicos.
Indicadores químicos
São fitas de papel impregnadas com uma tinta especial que muda de cor após a exposição a uma certa temperatura e por um determinado tempo (cada indicador químico tem estes limites estabelecidos pelo fabricante). Com isto, sabe-se que aquele local foi exposto ao agente esterilizante (calor, no caso de uma autoclave a vapor de água), pelo tempo determinado nos ciclos de validação térmica. Estes indicadores têm várias apresentações e classificações, variando de acordo com a norma ISO 11.140:2006, nas seguintes classes:
- Classe 1 são os indicadores de processo.
- Classe 2 são os testes tipo bowie-dick
- Classe 3 são os indicadores únicos de processo
- Classe 4 são os indicadores multiparamétricos
- Classe 5 são os integradores
- Classe 6 são os emuladores
A leitura e interpretação do resultado é simples, rápida e direta, não necessitando de processos adicionais para sua conclusão.
Leia mais: Para que serve o teste Bowie Dick e como posso me beneficiar em usá-lo?
Indicadores biológicos
Já os indicadores biológicos são bem mais complexos. Como o próprio nome indica, são sistemas onde um papel filtro (em formato de fita ou disco) é impregnado com microrganismos que tenham população e taxa de mortalidade (também chamada de Valor D) conhecidos.
* Valor D é o tempo, em minutos, onde a população inicial do indicador biológico é reduzida em 90%. Ou seja, um Valor D de 1 minuto indica que, a cada minuto, sua população reduz, por exemplo, de 1.000.000 para 100.000 organismos viáveis.
Esta fita (ou disco) pode estar embalada individualmente em envelopes de material especial permeável ao agente esterilizante ou em sistemas, que se assemelham a pequenos tubos plásticos, chamados de “indicadores autocontidos”. Nele, a fita (ou disco) com os microrganismos está suspensa por um clip ao lado de uma pequena ampola contendo meio de cultura, tudo isso sendo fechado por uma tampa especial.
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Ao final do ciclo a resposta da efetividade do ciclo se dá depois de algum tempo em que estes microrganismos devem ser submersos em meio de cultura e incubados sob a temperatura ideal para a sua reprodução. Havendo crescimento, o ciclo deve ser considerado não efetivo e sua carga não deve ser utilizada.
Você tem alguma dúvida quanto ao processo de monitoramento da sua esterilização? Venha conversar conosco e avaliaremos a sua necessidade específica.