Esterilizar é o processo de eliminar todas as formas microbianas de determinado objeto por ação de agentes químicos ou físicos. Na área hospitalar, aceita-se que um material esteja esterilizado quando a possibilidade de sobrevivência dos microrganismos inicialmente presentes no objeto (e a esta carga inicial de microrganismos dá-se o nome, em inglês, de “bioburden”), ao fim do processo, for menor do que 1:1.000.000. Na área industrial esta razão pode ser diferente, baseada em especificidades de cada necessidade.
E para ter certeza de que esse nível foi atingido é necessário fazer um cuidadoso monitoramento com indicadores biológicos e/ou químicos. Indicadores biológicos, num exemplo de processos de esterilização por calor, são formados por um sistema (geralmente um papel filtro) impregnado com uma quantidade conhecida de um determinado microrganismo, que para este exemplo são os Geobacillus Startothermophilus, escolhidos por terem boa resistência ao calor e uma curva de letalidade conhecida.
Ao final do ciclo de esterilização este sistema (o filtro que continha os microrganismos vivos) precisa ser incubado, ou seja, dar-lhes todas as condições de temperatura e alimentação para que os microrganismos se desenvolvam. Se ocorrer o desenvolvimento de cultura, o ciclo deve ser rejeitado pois houve evidencia que o processo continha alguma falha. Conhecer o tipo do organismo e a sua quantidade inicial dá ao operador parâmetros para monitorar um determinado ciclo.
Indicadores químicos
Em contrapartida, indicadores químicos, (também no exemplo dos processos de esterilização por calor) são tiras de papel que contém uma tinta calibrada que muda de cor após uma certa quantidade de calor recebida. Uma tira que não tenha a sua tinta alterada para a cor esperada ao final do ciclo pode evidenciar uma probabilidade de existir um organismo vivo ao final do ciclo em desacordo com o esperado.
Os indicadores químicos são divididos em até seis classes. A primeira classe conta com os indicadores de passagem, fitas zebradas, que indicam se determinado material passou ou não pelo processo de esterilização. É uma indicação básica, que não garante que o produto esteja realmente esterilizado.
A quarta classe conta com indicadores químicos com múltiplos parâmetros e que devem ser usados de forma individual em cada produto. Usados em produtos passados nas autoclaves, indicam se houve a penetração do calor e vapor, mas ainda não garantem a esterilização completa do produto. A sexta e última classe é específica para emuladores em alta temperaturas, entre 121ºC até 134ºC.
Falhas no Processo de Esterilização
Nas autoclaves, as falhas mais comuns no ciclo de esterilização podem acontecer devido a diferentes fatores, entre eles podemos citar:
Erros de operação
o Normalmente associadas a embalagens incorretas dos itens a serem esterilizados, diferenças entre volumes de líquidos em um mesmo processo de esterilização, posição incorreta dos sensores de carga (em cargas de líquidos), falhas no carregamento da autoclave (não deixando espaço para a convecção do calor), entre outras.
Parâmetros incorretos do agente esterilizante
o No caso do vapor podemos citar: vapor super-aquecido (pouca umidade no vapor), vapor muito úmido (excesso de umidade), baixa pressão do vapor.
Defeitos do equipamento
o Sensores descalibrados, válvulas entupidas ou defeituosas, vazamentos de ar para a câmara (em autoclaves com ciclos de vácuo)
Falhas na instalação do equipamento
o Equipamentos desnivelados (gerando “poças” de umidade na câmara), utilidades (água, ar, vapor, energia elétrica) em discordância com o preconizado pelo fabricante, excessiva temperatura do ambiente onde o equipamento está instalado, entre outros.
Ou até mesmo uma falha combinada de outros fatores.
Qualquer um desses erros pode prejudicar todo o processo e os materiais a serem esterilizados. É também muito importante manter/guardar as impressões dos dados colhidos durante o ciclo juntamente com o processo
A importância do ciclo de esterilização
Processos industriais ou hospitalares são críticos e qualquer intercorrência ou contaminação pode colocar tudo a perder. Os processos de esterilização são uma importante fase tanto na produção de medicamentos quanto para itens usados diretamente em pacientes como hospitais e clínicas. Não se deve esquecer que consultórios dentários e salões de beleza (no caso de podólogos), também devem seguir as recomendações das agencias regulatórias (ANVISA no Brasil) no tocante a esterilização de materiais.
A esterilização por mais que possa parecer simples, contém uma série de detalhes e técnicas que precisam ser levados em consideração. Partindo-se da especificação do equipamento, passando pela compra, instalação, treinamento e finalmente manutenção da sua autoclave. Procure trabalhar com empresas que possam dar todo o suporte que este importante processo demanda. Conte com a ABH Contamination Control Solutions que está a mais de 25 anos no mercado e conta com profissionais qualificados para trabalhar conjuntamente com você. A ABH representa no Brasil a empresa italiana LAST TECHNOLOGY que tem equipamentos de última geração para seus processos de esterilização. Entre em contato para saber mais sobre seus produtos e escolher as melhores soluções para a sua empresa! Acesse o formulário clicando aqui.